“Que todos os profissionais consigam trabalhar juntos para o bem do paciente.”
Ela é formada em Nutrição, na Unifil, turma 2004. Nasceu em Campinas (SP), é casada com Jesus Luiz Brandão, mãe de Caio César Serra da Costa, 31 anos, do primeiro casamento, e de Alanna Serra Brandão, 22 anos. Silvia Serra está em Londrina desde 1994 e relata a sua trajetória profissional: “Na época, trabalhava na Receita Federal pelo Serviço Federal de Processamentos de Dados, de onde sai em 2000. Descobri que não sabia fazer nada, a não ser os serviços técnicos da Receita Federal. Resolvi então voltar a estudar. Depois de 18 anos sem estudar, fiz seis meses de cursinho e prestei vestibular. O que fazer? Coloquei em papéis três cursos: Nutrição, Turismo, Serviço Social; e no sorteio deu a faculdade de Nutrição. Foi assim que comecei a estudar. Desde então, nunca mais parei. Sou fascinada pela Nutrição. Nosso organismo é maravilhoso, tudo funciona como uma máquina, a fisiologia e a bioquímica. Fascinam-me as modificações epigenéticas, que acionam genes e os fazem voltar ao que eram, são eventos incrivelmente flexíveis que permitem ao DNA em nossas células se ajustar conforme o ambiente muda, isso se chamae nutrigenôma [L1] e é fascinante. Estou há 15 anos no mercado, entre a área clínica e acadêmica”.
Silvia Serra trabalha com doenças e explica que a sua maior experiência é quando surge uma enfermidade diferente. “Tenho que estudar e ajudar essa pessoa a melhorar. Sempre é um desafio tratar doenças. O que mais tenho cuidado é quando atendo pacientes com câncer, pois preciso me preocupar com o que estou receitando, se não irá interferir na medicação, no prolongamento da vida. Tenho que estar totalmente segura do caminho desse suplemento ou alimento, pois vai contribuir com o tratamento e ajudar na recuperação do paciente.”
Ressalta que participa deste livro para deixar uma recordação para os filhos e netos porque pretende se aposentar. “Quero deixar meus agradecimentos ao meu marido, pela compreensão, pelos dias sem minha presença, por ter sido pai e mãe na minha ausência. E por me incentivar tanto. Pelo orgulho e por ser meu fã.”
A nutricionista tem especializações e cita: especialização multiprofissional em Pacientes com Doenças Crônicas, Diabetes, Hipertensão, Câncer e Insuficiência Renal Crônica, Metodologia do Ensino Superior, Nutrição Clínica Funcional, Nutrição Ortomolecular e Nutracêutica Clínica, e Naturopatia.
Afirma ser difícil conciliar família e trabalho. “Acredito que não seja possível levar os dois juntos tranquilamente, um acaba sendo mais prejudicado. Dediquei-me ao estudo, já que o meu esposo ficava em casa com os filhos. Tenho um defeito enorme, não consigo separar o trabalho da família, não me desligo. Acabo envolvendo todos.” Apaixonada pela profissão, nunca imaginou que a nutrição fosse uma medicina preventiva. “Pensava como a maioria pensa, que nutrição fosse apenas para fazer cardápio e contar calorias, mas vai muito além disso. Saber do poder medicinal de cada alimento, poder antecipar qualquer ação ofensiva e prejudicial à saúde, essa é a premissa da nutrigenômica, que é o que me fascina a cada dia.”
Estou sempre me atualizando e dedicando horas no meu consultório, situado à na Rua Jonathan Serrano,263- Jardim Quebec “.
Em relação às expectativas da carreira, Silvia Serra espera que a faculdade de Medicina tenha em sua grade a matéria Nutrição. “E que todos os profissionais consigam trabalhar juntos para o bem do paciente”, reforça. Adoraria ler a manchete nos órgãos de comunicação: “Nutricionistas são reconhecidos por praticarem a Nutrigenômica”.
E conclui com boas lembranças da carreira. “Emociona-me o relato de pacientes que tratei que seguiram minhas orientações, quando me dizem: “Fui ao médico ontem e ele me deu o diagnostico que estou curada da Hepatite C, obrigada doutora”. Devo a você.” Isso não tem preço. Ou quando um paciente chega para agradecer, que seguiu as orientações e o tumor diminuiu. Ou ainda, quando outro diz: “Olha, isso é demais doutora. “Fiz a quimioterapia novamente e não senti nada, não tive enjoo dessa vez”. Outra vezes, quando telefono para saber como está o paciente, ele atende o telefone e diz: “Estou bem melhor, voltei a dirigir e o meu rim voltou a funcionar”. E para finalizar, emociono-me quando escuto. “Os meus sintomas do Parkinson diminuíram e o médico reduziu a dosagem dos medicamentos. Obrigada doutora”. Sempre choro de emoção com eles, isso é maravilhoso, é o fruto de um trabalho bem feito, uma realização profissional”.
[L1]Não achei referêcia desse termo em nenhum lugar.