"Meu perfil sempre foi voltado para a área cirúrgica. É o que me realiza
como médica, me supre. Gosto imensamente do que faço."
 

“Retornar a Londrina é o mesmo que voltar para casa”. São as palavras da médica Mariângela Navarro, que durante alguns anos esteve clinicando em Umuarama, sem afastar a hipótese de um dia voltar à sua cidade natal, onde cursou Medicina na Universidade Estadual de Londrina, formando-se na turma de  1988 e onde integrou a primeira turma de Ginástica Rítmica Desportiva sob a batuta de Elizabeth Laffranchi. “Eu sempre gostei de ginástica, de atividades esportivas. Fui ginasta dos 10 aos 14 anos.  Mas chegou uma hora em que tive que optar: treinos ou  estudos. Os dois eram impossíveis de levar, acabei optando pela minha profissão como médica”, relembra ela.

Mariângela é filha de Miguel Navarro, funcionário aposentado do Banco do Brasil, e Elza Ferreira Navarro, professora de Espanhol. Quando tinha 14 anos, mudou-se com a família para Brasília, para onde o pai foi transferido. “Só retornei para fazer a faculdade e aqui fiquei. De 1992 a 2004 morei em Umuarama (PR), onde fui muito bem acolhida. Tinha o consultório lotado diariamente. Mas meu coração estava em Londrina. Voltei incentivada pelo médico Jesus Ceribelli, com quem tinha trabalhado durante um ano no departamento de oncologia do Hospital do Câncer de Londrina após  me formar. Foi uma espécie de residência, onde aprendi muito. Retornando a Londrina voltei novamente a trabalhar com ele, integrando sua equipe até hoje, e graças a Deus, estou plenamente realizada com meu consultório na rua Paes Leme. E muitos dos meus pacientes de Umuarama continuam  comigo ou me indicam para outros pacientes”, revela.

Além da especialização em Oncologia do Aparelho Digestivo, Mariângela fez residência em cirurgia geral e tem o Título de Especialista  em Endoscopia Digestiva e Gastroenterologia.

Desde 2007 ela também atende a parte de exames endoscópicos na rua Borba Gato, à convite do médico Roberto Menolli. “Uma das coisas boas da vida são os amigos, que estão sempre te incentivando e te estendendo a mão. Desde que me formei estive cercada de bons amigos. Me mudei de Londrina, voltei, e continuo com eles sempre me apoiando”, afirma.

Além dos cursos e congressos nacionais, pelo menos a cada dois anos a médica viaja para participar do Digestive Diseases Week, que acontece anualmente nos Estados Unidos. “Trata-se do congresso mais importante da área. Nós somos referência em endoscopia, temos tecnologia de ponta e conhecimento também. Mas é importante estar sempre se  reciclando, conhecendo, estudando.  O aparelho no consultório onde realizo os exames é o mesmo usado nos hospitais de ponta como o Sírio Libanês e Albert Einstein em São Paulo”, conta Mariângela,  mãe do adolescente Lucas, que já avisou: quer fazer Medicina. “É claro que sinto orgulho.  Mas ele sabe que ser médico é dedicação quase integral, é estudo, é paixão. De alguns anos para cá, eu mesma tenho aprendido a dosar. Depois que você tem família, as coisas mudam e você tem que aprender a dividir o tempo entre consultório e casa. Além do consultório, também sou plantonista do Hospital Evangélico e atendo o Hospital do Câncer. E para desestressar, faço exercício. No tempo que sobra”, brinca a médica.