“No final tudo da certo. Se não deu certo é porque não é o final ainda.”

            O profissional de sucesso que fala um pouco de sua vida em família, da convivência com os amigos e de sua trajetória profissional é o médico ortopedista Ludovico Pieri Neto. O primeiro contato com ele foi até curioso. Ele disse que há muito tempo não tirava umas horinhas para um bate-papo, ao menos ia ser prazeroso entrar na “máquina do tempo". 

            Ludovico Pieri Neto é londrinense, formado pela Faculdade de Medicina de Vassouras (RJ), em 1985, hoje conhecida como Universidade Sul Fluminense (UFF); fez residência médica no Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), leia-se 1986 a 1989,  no serviço de ortopedia básica e traumatologia. Têm três filhos, sendo dois do primeiro casamento, Lucas Guimarães e Vitor Guimarães Pieri. A filha caçula é garotinha Ana Clara Meneguetti Pieri, fruto de seu casamento com a enfermeira Flavia Meneguetti Pieri. 

            O médico, de origem simples, é o filho mais velho do casal Dario Santo Pieri e Eni Gomes Pieri (já falecida)  e tem mais quatros irmãos. Ele  foi o único a ingressar em faculdade de Medicina. “Meu pai trabalhava com avicultura, um ramo muito difícil. Levantava às cinco horas da manhã. Tanto ele quanto minha mãe me deram condições para eu estudar numa faculdade particular fora daqui e eu aproveitei essa chance. Eu nunca esqueci os valores repassados por eles e meus avós, como honestidade, o dever - acima de  tudo com sua profissão - e humildade, tratando igualmente desde uma pessoa simples a uma de classe mais elevada, relata Ludovico Neto. “Desde os primeiros anos de faculdade de medicina, nas férias, quando vinha para Londrina, eu acompanhava as cirurgias do Dr. Plácido Arrabal, no antigo Hospital Londrina ou na Santa Casa. Foi dessa forma que eu aprendi a conviver com a parte médico-cirúrgica e me interessar realmente pela ortopedia”, explica.  Outro grande apoio que recebeu do Dr. Plácido Arrabal foi, quando ele se formou e chegou a Londrina em 1989, com um diploma debaixo do braço, ter sido acolhido em sua equipe.

Ludovico é o tipo de  pessoa que toma para si as dores dos outros. É  inconformado com o sistema. ”Convivemos com a falta de leitos. O descaso na saúde. Eu, como médico, tento fazer o que está certo e muitas vezes o certo está ligado ao coração. A teoria dos livros está baseada em evidências e é fundamental, mas a experiência e o cuidado com o aspecto psicológico que procuro passar aos pacientes ajudam muito. Digo sempre: Eu não quero operar seu ombro ou o seu joelho. E sim: você precisa ser operado. Daí o sucesso da intervenção”, salienta ele.  

            De acordo com o ortopedista, o médico está sendo tratado com certo descaso pelos planos de saúde. Só que, ao contrário de alguns ramos profissionais, o médico é um profissional que custa caro para se capacitar. “Porém é necessário. Tanto que tenho especializações em cirurgia do ombro e joelho, na França e nos Estados Unidos.  A  reciclagem para se manter no mercado  é fundamental”, comenta.

            Uma das grandes retribuições que o médico disse ter é o reconhecimento profissional dos pacientes e dos colegas. “A medicina é um resultado de meio e não de fins, e você tem que ter isso em mente. O que é mais gratificante em nossa profissão é o respeito e o reconhecimento dos pacientes e profissionais da especialidade e ter a certeza do dever cumprido.” 

            Para quem não conhece Ludovico, ele também é “muito família” e apaixonado pelos filhos. Ele disse ter dois registros que marcaram sua vida: o primeiro deles é o nascimento dos filhos: Lucas, Vitor e Ana Clara. E o  segundo momento mais feliz foi o de sua formatura. “Um momento único, meu com a minha família. Estavam todos lá, não faltou ninguém”, recorda o médico.         

   O pouco tempo que tem, ele reserva para os fins de semana, quando pratica um pouco de tênis, jogar seu futebol, e escrever suas crônicas..