“Longe é um lugar que não existe.”  (Richard  Bach, do Livro, Fernão Capelo Gaivota)

           Encontrei-me com a alegria. Foi um dos momentos mais prazerosos da minha vida. É uma alegria que nasce do simples fato de viver harmoniosamente com a vida e superar os obstáculos através da aprendizagem que só o tempo nos proporciona. A alegria de quem eu falo é da médica pneumologista londrinense Liliane Shimizu, que me recebeu em sua clínica para ser registrada no livro Profissionais do Ano com os olhos reluzentes e uma energia contagiante, além de uma gargalhada tipicamente sua.

                Formou-se pela Universidade Estadual de Londrina em 1990. É especialista na área de pneumologia e foi docente da Universidade Estadual de Londrina por 12 anos. Sobre a docência Liliane esclarece que é um enriquecimento para o aprendizado de qualquer pessoa. “Aprendemos com os alunos a entender e a explicar o que parece óbvio, mas naquele momento é tão difícil; é uma grande troca de experiência”, salienta a médica.

O comportamento dessa médica sagitariana pode muito bem ser definido pela citação do livro Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach, que considera que o ser humano e Deus, independentemente de todas as enormes diferenças, estão compartilhando algo de grande importância que pode vinculá-los. “Você tem de compreender que uma gaivota é uma ilimitada idéia de liberdade, uma imagem da Grande Gaivota e ela sabe que você tem que ser fiel a si mesmo.” É assim Liliane Shimizu: uma pessoa alegre que sonha com uma medicina sempre e cada vez melhor. É um ser de muita fé e de simplicidade, pois os seus princípios de honestidade, trabalho e de  acolher e ajudar o próximo foram valores que herdou de seus pais, o senhor Iwao Shimizu e a senhora  Fatumi Shimizu.

Os pais foram sua base de transcender dentro [ELWGS1] da profissão. “Se hoje me orgulho do sucesso profissional que conquistei como médica, isso é também mérito deles e dos meus irmãos Jorge, Newton e Jacqueline e de todos os que até hoje me dão credibilidade”, salienta Liliane.

Para a pneumologista, uma das coisas mais difíceis é lidar com a morte. “Você acaba criando um vínculo muito forte com todo paciente crônico. Talvez pelo fato de você saber que não tem jeito, que você é limitado, que a gente não é Deus e que Ele está acima de tudo. Deus é o médico dos médicos e se Ele não conseguiu nos adequar a salvar aquela vida é porque não era para ser, eu compreendo assim e isso me conforta.”

            Mas nem tudo está perdido... Liliane consegue, com sua alegria e carisma contagiantes, fazer com que os pacientes queiram fotografar-se com ela. Eles acreditam que sua energia positiva fará com que melhorem e ela sente isso muito simpático por parte deles, pois é mais um agrado. “Gosto de  acolhê-los e os compreendo porque já vivi situação parecida, já tive medo do diagnóstico médico, já fui operada, já estive internada e sei muito bem o que é isso. Sei o quanto as pessoas precisam de carinho e de colo de mãe e às vezes me pego fazendo esse papel”, explica Liliane, esbanjando aquela gargalhada gostosa.

                         Era de se esperar que com esse espírito de liberdade, um dos maiores prazeres dessa médica seria viajar e curtir a vida. “Tenho feito viagens ao exterior e acredito ser um grande aprendizado, onde você adquire cultura que é algo que ninguém tira. Outra coisa que eu aprecio e valorizo muito é o pôr do sol, é um brinde que encerra o dia e inicia uma noite... ”, conclui.