“Eternizando momentos e emoções!”

A londrinense Kely Sciena é graduada em Desenho Industrial pela Unopar, casada com Luis, mãe de Miguel, 6 anos. A fotógrafa conta que durante o curso foi apresentada para a arte da fotografia e nunca mais a deixou.

Como também ama bebês e crianças, acabou unindo suas duas paixões e há cerca de nove anos ingressou no mercado de trabalho. Especializou-se em fotos de recém-nascidos e tornou-se referência. Ela conta que o início foi um desafio porque ainda era desconhecida no Brasil. “Há seis anos comecei e, como as pessoas não conheciam meu trabalho, fui me impondo e conquistando a confiança, afinal é um trabalho extremamente delicado. Não se pode errar, pois se trata de um ser frágil e com poucos dias de vida. Eu tive que estudar muito e me preparar para exercer um ofício que hoje continua sendo um desafio, mas apaixonante. É recompensador ver a emoção dos pais quando recebem as fotos. Eu fico feliz em acompanhar essa fase única e linda de uma família”, comenta Kely, que fez várias especializações. “Aprimorei meus estudos na área de fotografia newborn, fiz workshops com nomes que são referência mundial, como Kelly Brown e Danielle Hamilton, da Austrália, e Stephanie Robin, do Canadá”, diz ela. Buscando atualizações, Kely não deixa de participar da Feira Fotografar e da Newborn Photo Conference.

Salienta que trabalhar por conta própria requer muita disciplina, uma vez que concilia a profissão com a rotina familiar. “Sempre extrapolo os horários, mas na medida do possível procuro compensar filho e marido”, revela. Quando se trata de lazer, inclui o conhecimento de lugares, povos e culturas no pacote das férias. “E claro, sempre com a máquina a tiracolo, porque registro tudo. Reviver momentos é bom, e a fotografia é carregada de emoções.”

Como expectativa para o futuro, tem o desejo de que a profissão seja regulamentada, além de que aqueles que pretendem ingressar nessa área se preparem para exercer com qualidade e segurança. “Fotografar recém-nascidos requer aprimoramento e cuidado extremos. Fui aprendendo isso com os anos, e a prioridade sempre será o conforto e a segurança do bebê. Tem que ter uma total tranquilidade no ambiente, o bebê tem que estar calmo, e o profissional precisa ter sensibilidade, porque isso resulta numa expressão poética que ficará registrada ao longo da vida”, conclui.