“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” (Cora Coralina)

Jolinda de Moraes Alves é formada em Serviço Social pela Universidade Estadual de Londrina, turma 1979. Nasceu em Três Lagoas (Mato Grosso do Sul), é casada com Carlos Roberto Alves e mãe de Ana Carolina de Moraes Alves, Gabriela Gouveia de Moraes Alves Fiori, Guilherme Gouveia de Moraes e Venciguerra Alves.  A família de Jolinda chegou a Londrina em 1962, quando ela tinha 5 anos , vinda de Alvorada do Sul (PR), onde o pai tinha fazenda.  Ela fala sobre a profissão: “Quando optei pela graduação em Serviço Social, não tinha intenção de me tornar professora universitária, mas durante o curso percebi que tinha facilidade em me expressar. Logo que me formei e me casei, fui convidada a dar aulas na UEL, mas fomos morar em Alvorada do Sul, onde meu marido tem negócios, e lá atuei como assistente social da prefeitura. Quando retornamos para Londrina, havia uma vaga para professora na UEL. Ingressei como docente temporária e decidi pela carreira docente. Prestei concurso público e fui aprovada. Minha mãe disse que, desde pequena, eu falava muito e não tinha preguiça de explicar quantas vezes fossem necessárias. Ela foi professora em Três Lagoas, onde nasci”.

Jolinda tem 34 anos de profissão. “Ao todo são mais de três décadas. Fui assistente social em Alvorada do Sul por dois anos e tenho 32 anos de carreira docente na UEL. Mas quero continuar contribuindo com o Departamento de Serviço Social da UEL por mais algum tempo, especialmente com o programa de pós-graduação em Serviço Social e Política Social (atualmente sob minha coordenação). Tenho me dedicado à produção de artigos científicos sobre as políticas sociais e escrevi um livro, Assistência aos pobres em Londrina: (1940/1980). Quando me aposentar, pretendo me mudar para a fazenda que herdei de meus pais e desenvolver projetos ligados ao agronegócio.”

Ela tem mestrado em Serviço Social e Política Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 1994, doutorado em História e Sociedade pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) de Assis (SP), 2002.

Faz questão de homenagear seus mestres e a importância da família. “Agradeço a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação e para o exercício de minha profissão.” E adora estar com todos eles, tanto que o lazer se resume no tempo em que passa na fazenda, descansando e recarregando as energias ao acompanhar as atividades agrícolas. E finaliza: “O que mais me fascina ao ensinar é perceber que aprendo todos os dias, a cada aula dada, a cada palestra proferida, a cada pesquisa realizada, a cada artigo concluído e publicado. Ser docente e pesquisadora exige muito, mas propicia um crescimento contínuo e possibilita o aperfeiçoamento cotidiano. Sinto que estou deixando um legado à minha profissão. A vida não vale a pena se não deixarmos marcas pelo caminho”.