“A realização do advogado é quando se consegue o alivio da alma do cliente

O que mais me motiva são os desafios impostos caso a caso, pelo fato de que por mais que um problema se assemelhe ao outro, nunca são idênticos. Uma variável que muda entra os casos irá lhe remeter a um caminho completamente distinto do já traçado”.

Ele iniciou o curso de Direito em Mogi das Cruzes (SP), mas por força do destino precisou trancar a matrícula. E só após dez anos e com o incentivo da Rita de Cássia com quem era casado e que era procuradora jurídica do município de Londrina, Celso Luiz Tenório de Araújo prestou novo vestibular em Londrina. “Tive a honra de fazer parte da primeira turma do curso de Direito da UNIFIL, me consagrando o primeiro advogado da minha sala”, relembra o profissional, nascido em Jataizinho (PR), pai do advogado criminalista Guilherme Maistro de 27 anos e da estudante Agnes de 17 anos.

O advogado chegou em Londrina, em 1996, com 15 anos, para estudar no Colégio Positivo, mas ressalta que já se considera londrinense porque aqui formou uma família e tem vasto número de amigos. Quanto à profissão, ele fala com paixão: “A semente do Direito foi plantada em mim pelo meu tio/padrinho, irmão de meu pai, que era advogado. Eu era seu fã. Na infância adorava ver como ele trabalhava e se posicionava nos assuntos mais sérios. 
Em todos os lugares era assim, podia estar a maior algazarra, mas quando o Tio Timó começava a falar em tom baixo, firme e ponderado, todos iam se calando, se acomodando e em instantes estavam todos hipnotizados ouvindo-o com atenção. Assim foi na sua carreira de 23 anos como advogado e nos 20 anos como desembargador. Portanto, a influência que tive foi a mais linda possível”...
Segundo Celso Tenório, a advocacia é uma arte particular, subjetiva e sobretudo uma grande ferramenta que se a sociedade humana soubesse utilizar de forma correta, o mundo seria muito melhor de se viver. 
Diz isto porque a maioria de quem procura um advogado se utiliza da advocacia de forma equivocada, vez que apenas o faz para resolver conflitos, quando na realidade deveriam se utilizar o profissional justamente para evitar ou diminuir a intensidade dos conflitos. 
Por sempre se colocar na mediação dos conflitos é que a profissão muitas vezes é marginalizada. Todavia, tentem imaginar uma vida em sociedade sem a ferramenta chamada advocacia.