“DE NADA SERVERIAM MINHAS PALAVRAS SE NÃO FOSSE A VOZ DE DEUS.”

Maria Isabel Spinosa é de Brodosqui-SP, terra de Portinari, divorciada, mãe de Nayla Spinosa (29 anos) e Inara Spinosa (21 anos). “Cheguei em Londrina com meus pais ainda criança, não me recordo exatamente a idade. O radialismo, posso dizer com toda a certeza do mundo, que vem do sangue e coração de meu pai Ricardo Spinosa, e também de minha mãe Judite Spinosa, que construíram toda a vida sobre um alicerce do radialismo e da música. Trabalho na rádio desde os 14 anos, portanto, 35 anos trabalhando com radialismo. Inicialmente, quando jovem, não ocupava a posição de locutora, a locução em si foi um processo de desenvolvimento natural que ocorreu por admiração ao meu pai e mãe ao longo dos anos. Eu crescia dentro da rádio e a rádio crescia dentro de mim”, comenta “Bel”, como gosta de ser chamada.

Sobre experiência e desafio, enfatiza: “Difícil falar de apenas uma experiência, a rádio foi um abrir de portas em vários sentidos, através dela eu tive a oportunidade de trabalhar também com a televisão e com o público em palestras, mas tenho uma lembrança muito boa que sem sombra de dúvidas foram todos os MEGA shows da Paiquerê FM, fazer parte de eventos tão grandiosos com um propósito maior. Tudo sempre ia além de um evento para a sociedade, era um momento em que a família se unia e não media esforços para realizar o melhor, união, essa é a palavra; além disso, o contato com tantos renomes da música sertaneja brasileira e o reconhecimento do público para o sucesso de nossa empresa, não existe explicação para esses momentos. 

Meu maior desafio por outro lado é fácil de mensurar em palavras, com certeza foi no momento em que eu descobri um câncer avançado de pulmão que já havia se espalhado para o mediastino. Eu teria que fazer a raspagem dele e todos sabem que o pulmão é um órgão essencial para quem lida com a voz. A incerteza do amanhã naquela época e vencer essa incerteza, foi o meu desafio”.

Sobre o futuro profissional destaca que após se recuperar de um câncer que a taxa de sobrevida era de menos de 15% ao longo dos anos, seus projetos futuros incluem um CD voltado para uma roupagem gospel, em conjunto com um portal no formato de site para me aproximar ainda mais com todos que me acompanham. “Sim, vem novidade boa por aí”, afirma.

A homenagem é para a família. “Em especial ao meu Pai Ricardo e minha mãe Judite que foram tudo para que eu me tornasse a profissional que eu sou, também não posso de forma alguma deixar de fora o nome de minhas filhas, Nayla Spinosa e Inara Spinosa, base fundamental do meu caminhar, duas pequenas leoas que são a humanização da minha força e alegria. Não sou casada, mas conciliar família com meu trabalho sempre foi muito tranquilo, somos uma empresa familiar. Além dessa minha filha mais nova, Inara, trabalha na empresa como analista de Marketing, enquanto minha filha mais velha, mesmo optando por não seguir essa área como nós, cuida de todo meu departamento pessoal. Sou grata por ter a possibilidade de ser tão próxima pessoal e profissionalmente das duas, independente da distância física (minha mais velha mora na Irlanda).  

Ao optar pela profissão o seu maior objetivo era apenas ser reflexo de algo bom para a vida das pessoas que ela alcançava. “Levar algum tipo de bem, de luz e ser um bom momento no dia delas, isso seria o suficiente para que eu me sentisse grata”, finaliza. Ela trabalha na Rádio Paiquerê FM 98.9 – Avenida Paraná, 453, centro de Londrina.

Em relação ao lazer comenta que o passatempo preferido em família é sair para tomar café em lugares que  transmitam paz. “Com a minha filha mais velha vivendo na Irlanda, posso dizer que sempre que ela está aqui, é café atrás de café. Com a Inara, que tenho contato diário e ainda mora comigo, alternamos nossos horários livres, criando conteúdo juntas, já que ela trabalha com marketing, fazendo reflexões bíblicas e sendo gratas pela vida. Não é preciso de muito para se divertir quando se vive com alguém como a Ina e se tem alguém como a Nay presente nos seus dias”, afirma a radialista que fala sobre as expectativas futuras da profissão. “É impressionante, que mesmo com o avanço da tecnologia, o número de ouvintes da rádio continue subindo, nossa expectativa é a melhor possível. Estamos diariamente trabalhando para acompanhar todas as inovações tecnológicas, alcançar espaços que antes eram inalcançáveis e poder levar aos ouvintes o que existe de melhor em termos de qualidade e conteúdo”.

Finaliza com um agradecimento: “pela minha vida profissional como um todo, entretanto, não posso deixar de ser ainda mais grata pela oportunidade de receber o presente de Deus que foi uma segunda chance na vida, quando fui curada do câncer sem sequela alguma que influenciasse em meu trabalho. Foram anos extremamente marcantes, olhar para trás e agradecer é o que existe de mais precioso em mim. Toda a minha maior gratidão a Jesus Cristo”.